A Universidade de Évora foi fundada pelo Cardeal D. Henrique (1512-1580). A construção do Colégio do Espírito Santo, casa-mãe da instituição, iniciou-se entre 1551 e 1553, obtendo a autorização para o seu funcionamento como universidade com a Bula de Paulo IV, Cum a Nobis (15 de abril de 1559).
Entregue durante duzentos anos à Companhia de Jesus (1559-1759), formaria o escol dos missionários que evangelizaram muitas e ‘desvairadas’ terras e gentes do Império Ultramarino Português (Séc. XVI a XVIII).
A vocação pedagógica dos vetustos claustros manteve-se mesmo depois de 1759, data em que o Marquês de Pombal, expulsando os Jesuítas, encerrou os estudos promovidos por estes em Évora. De facto, por estes espaços passariam as inovações pedagógicas dos diversos regimes: os Professores Régios da Reforma Pombalina (1762); a reformada Ordem Terceira de S. Francisco (1776-1816). No liberalismo aqui se instalaria a Real Casa Pia (1836), o Liceu Nacional (1841-1979) ou ainda a Escola Comercial e Industrial (1914); instituições que contribuíram para a instrução e cultura de gerações e gerações de jovens. A Universidade reabriu em 1973, no âmbito da Reforma Veiga Simão.